Bloqueio dos EUA a Cuba<br>afecta direito à educação

Um re­la­tório di­vul­gado esta se­mana pelo Mi­nis­tério dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros cu­bano re­vela que o blo­queio eco­nó­mico, co­mer­cial e fi­nan­ceiro im­posto pelos Es­tados Unidos contra Cuba há mais de meio sé­culo afecta o sector da edu­cação no país. O do­cu­mento re­corda que a edu­cação é um di­reito ina­li­e­nável de todos os cu­banos ao longo da vida e um prin­cípio fun­da­mental da Re­vo­lução, con­sa­grado no ar­tigo 39 da Cons­ti­tuição cu­bana, mas faz notar que a po­lí­tica de blo­queio le­vada a cabo pelos EUA co­loca sé­rios pro­blemas, por vezes in­sa­ná­veis, à sua con­cre­ti­zação, de­sig­na­da­mente no que se re­fere à co­la­bo­ração com ou­tros países em ma­téria de edu­cação para aceder à tec­no­logia, co­nhe­ci­mentos e meios ne­ces­sá­rios para elevar a qua­li­dade do sis­tema de en­sino.

A tí­tulo de exemplo, o re­la­tório aponta a edu­cação es­pe­cial, que conta com 982 cen­tros pe­da­gó­gicos para a pre­parar os es­tu­dantes para a plena in­te­gração so­cial e la­boral, que de­vido ao blo­queio norte-ame­ri­cano en­frenta di­fi­cul­dades no acesso a ma­té­rias-primas, novas tec­no­lo­gias, fer­ra­mentas, ins­tru­mentos e uten­sí­lios para equipar essas es­colas.

Tal si­tu­ação – su­blinha o do­cu­mento – afecta mais de 22 872 es­tu­dantes com ne­ces­si­dades edu­ca­tivas es­pe­ciais.

O mesmo se passa na área da In­for­má­tica Edu­ca­tiva, já que o acesso às fer­ra­mentas ne­ces­sá­rias passa pelo pa­ga­mento de li­cenças a em­presas norte-ame­ri­canas, o que não é pos­sível de­vido ao blo­queio, ori­gi­nando perdas mi­li­o­ná­rias para Cuba. O pro­grama de in­ter­câmbio que a Uni­ver­si­dade de Ci­en­fu­egos de­sen­volvia desde 2001 com a Uni­ver­si­dade de Ta­coma, com ex­ce­lentes re­sul­tados, teve de ser in­ter­rom­pido por não ser pos­sível re­novar a li­cença.
O re­la­tório cita ainda, entre ou­tros, o caso ocor­rido com o pro­fessor norte-ame­ri­cano e pres­ti­giado es­pe­ci­a­lista Gordon L. Amidon, da Uni­ver­si­dade de Mi­chigan e cri­ador do Sis­tema de Clas­si­fi­cação Bi­o­far­ma­ceu­tica, que não pôde as­sistir ao pri­meiro workshop de Bi­o­far­mácia e Bi­o­e­qui­va­lência, re­a­li­zado de 1 a 5 de Julho de 2013, na Uni­ver­si­dade Cen­tral Marta Abreu de Las Villas, em Cuba, porque as au­to­ri­dades norte-ame­ri­canas não lhe deram au­to­ri­zação para as­sistir ao evento.





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